Bagunça mental

by - 05 setembro


E tudo isso está uma bagunça, tanto o chão pelo qual tenho que pisar, quanto os meus sonhos que me atormentam toda vez que deito para fugir de toda essa realidade que não posso mas suportar. As coisas estão bem difíceis e no fundo eu sei que elas não irão melhorar, era assim mesmo que ela me dizia e é assim que eu aprendi.
No fundo eu sei que toda essa minha intolerância com tudo e com todos, essa agonia que vem em forma de lágrimas que deixo aparecer em forma de grito, é o medo de não conseguir ser o que ela me ensinou, eu sei que ninguém me pediu para fazer tudo que estou fazendo e que ninguém pediria para fazer, nem para suportar tudo só.
A verdade é que eu não gosto de parecer frágil, não gosto de deixar transparecer meus medos e minhas canções de tristeza, e sei que não preciso lutar contra isso, mas eu sei que assim estou sendo o bebê arrogante, estúpido e o que ela sempre amou.
Eu sei que muitas vezes respondi de forma incorreta, nada compatível com a forma doce que ela tinha, eu teria chorado canções, sem se quer uma vez ela levantar para me chutar, as palavras dela sempre fizeram as situações errôneas apodrecerem em minha mente, até elas ficarem tão claras e delicadas como um beijo doce de boa noite.

Muitas vezes me pego lembrando a cena horrível daquela noite, aquela que ela se foi, foi dizendo coisas que não entendíamos, foi para um lugar longe e distante cada vez mais e agora é só saudade e bagunça que vagam na escuridão da minha mente cansada e esgotada.

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