Bagunça mental
E tudo isso está
uma bagunça, tanto o chão pelo qual tenho que pisar, quanto os meus sonhos que
me atormentam toda vez que deito para fugir de toda essa realidade que não
posso mas suportar. As coisas estão bem difíceis e no fundo eu sei que elas não
irão melhorar, era assim mesmo que ela me dizia e é assim que eu aprendi.
No fundo eu sei que
toda essa minha intolerância com tudo e com todos, essa agonia que vem em forma
de lágrimas que deixo aparecer em forma de grito, é o medo de não conseguir ser
o que ela me ensinou, eu sei que ninguém me pediu para fazer tudo que estou
fazendo e que ninguém pediria para fazer, nem para suportar tudo só.
A verdade é que eu
não gosto de parecer frágil, não gosto de deixar transparecer meus medos e
minhas canções de tristeza, e sei que não preciso lutar contra isso, mas eu sei
que assim estou sendo o bebê arrogante, estúpido e o que ela sempre amou.
Eu sei que muitas
vezes respondi de forma incorreta, nada compatível com a forma doce que ela
tinha, eu teria chorado canções, sem se quer uma vez ela levantar para me
chutar, as palavras dela sempre fizeram as situações errôneas apodrecerem em
minha mente, até elas ficarem tão claras e delicadas como um beijo doce de boa
noite.
Muitas vezes me
pego lembrando a cena horrível daquela noite, aquela que ela se foi, foi
dizendo coisas que não entendíamos, foi para um lugar longe e distante cada
vez mais e agora é só saudade e bagunça que vagam na escuridão da minha mente
cansada e esgotada.
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